Santiago de Compostela, Universidade de Santiago de Compostela
“O homem mais sábio que conheci em toda a minha vida não sabia ler nem escrever”. Assim iniciava José Saramago o seu discurso diante da Academia Sueca, por ocasião da atribuição do Prémio Nobel da Literatura, em 1998, referindo-se ao seu avô, Jerónimo Melrinho. E é precisamente o avô Jerónimo quem, em conversa com Ricardo Reis, o heterónimo do poeta Fernando Pessoa que Saramago converteu em personagem no romance O Ano da Morte de Ricardo Reis, guia o leitor pela vida e a obra de Saramago, desde a infância na Azinhaga do Ribatejo até aos seus últimos dias na ilha de Lanzarote. Uma viagem tão bem documentada como fascinante, que é também uma bela homenagem à literatura portuguesa, através de dois dos seus maiores nomes: Pessoa e Saramago. «Soube sempre que me comoveria uma e outra vez com Saramago para o resto da vida. Assim, agora. de modo surpreendente, através de um livro que, não sendo imediatamente dele, mo traz numa lisura admirável. (…) Tomás Guerrero expõe-no porque o entendeu. Este livro é brilhante.
É íntimo, delicado, brilhante. com ele, Saramago continua a nascer.» Valter Hugo Mãe (do prefácio a esta edição)